ENTRE CENAS, MEMÓRIAS E ESTILHAÇOS
Renato Ferracini, Ana Cristina Colla, Raquel Scotti Hirson
2022 - Editora da UNICAMP
Este livro, escrito a seis mãos pelos artistas da cena Ana Cristina Colla, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini, aborda as fases, os trabalhos e as propostas do processo criativo da obra cênica do Lume Kintsugi, 100 memórias, desenvolvido em 2019. Para além da narrativa ou do arquivo de criação de uma obra teatral, o texto problematiza questões da produção cênica na contemporaneidade, como o uso da memória pessoal, social e política como ação poética, a tensão entre a ficção e o real e o enlace entre performatividade e teatralidade. Discute o conceito de pesquisa de campo na área de artes presenciais e ainda inaugura a possibilidade de uma prática de pesquisa de campo performativa a partir das propostas práticas dos atores e atrizes realizadas com a população da cidade de Angostura, na Colômbia.
PRÁTICAS TEATRAIS - SOBRE PRESENÇAS, TREINAMENTOS, DRAMATURGIAS E PROCESSOS
Renato Ferracini, Ana Cristina Colla, Raquel Scotti Hirson (Org)
2020 - Editora da UNICAMP e FAPESP
Este livro traz reflexões sobre os meandros invisíveis da atuação, da presença e do treinamento em processos criativos. Faz uma análise cuidadosa do tema da presença do artista cênico, articula experimentação e conceitos filosóficos, revela a delicadeza do trabalho do ator enquanto ofício e a potência da relação entre corpos possibilitada pela presença simultânea dos atores e dos espectadores. A busca poética por parte do artista traz potenciais desdobramentos para além da cena, na direção de uma vida aumentada em seu vigor e em sua intensidade deação. São escritas poéticas permeadas por pensamentos. Pensamentos permeados por conceitos. Conceitos permeados por metáforas. Não há como ser de outro modo ao falar de criação e do suor dos corpos na construção da cena poética no teatro.
ENSAIOS DE ATUAÇÃO
Renato Ferracini
2013 - Editora Perspectiva e FAPESP
Ensaios de Atuação é uma contribuição para atores, atrizes e todos aqueles interessados em refletir sobre a arte da atuação como performance transformadora. Toda a atenção de Renato Ferracini está posta em pensar como a arte de atuar é uma arte da construção de si mesmo e do estabelecimento de ambientes de compartilhamento. Tomando diferentes referências e percorrendo linhas centrais da tradição, o livro abre espaço para reflexões sobre o papel do ator como eixo do fenômeno teatral, ou melhor, da arte da performatização. Há aqui uma explícita vontade de diálogo com artistas que questionam seu fazer criativo. No entanto, esta não é uma publicação técnica ou um manual de atuação, ainda que sua leitura possa contribuir com os processos de aprendizagem do ator, dado que seu conteúdo fala do ator em seus substratos mais internos: sabemos que normas e procedimentos fixos não permitem a criação das condições fundamentais à arte de atuar. Aqui, ao contrário, as incertezas destacadas podem alimentar espíritos que procuram mais do que respostas para as suas dúvidas e que desejam um acompanhamento para suas buscas. Com tal qualidade, estes Ensaios nos oferecem um olhar intrigante sobre os materiais do ator e nos põem a refletir, tornando mais complexo nosso pensamento acerca do atuar.
Do prefácio de André Carreira
CAFÉ COM QUEIJO: CORPOS EM CRIAÇÃO
Renato Ferracini
2006 - Editora Hucitec e FAPESP
ESGOTADO
Este livro busca dissertar, analisar, discutir e refletir o processo de Mimese Corpórea: trabalho de recriação de ações físicas e vocais através da observação do cotidiano desenvolvido pelo Lume. Também analisa o processo de criação e montagem do espetáculo Café com Queijo. Mas como pensar a mimese corpórea e uma montagem de espetáculo gerado nesse processo sem falar antes sobre o Lume e sua conduta de trabalho? Como analisar Café com Queijo - um trabalho baseado na “presença” e organicidade do corpo do atuante - sem antes discutir sobre o trabalho do ator? E como discutir sobre um suposto possível corpo-em-arte-de-ator – que gera, em si mesmo, pensamentos independentes pois é um pensamento de cunho poético – buscando recriar um discurso conceitual com esse pensamento e não sobre esse pensamento?E, dentro desses axiomas, como discutir codificação e retomada de ações, treinamento, pré-expressividade, energia, organicidade e presença no trabalho de ator? Esse livro, obviamente, não responde a essas questões, mas discute possibilidades...
CORPOS EM FUGA, CORPOS EM ARTE
Renato Ferracini (org)
2006 - Editora Hucitec e FAPESP
ESGOTADO
Esse livro foi organizado para refletir diferentes articulações cênico-poética das propostas do Lume. São vários textos de seus atores e colaboradores que recriam em discurso algumas possibilidades de conceituação e pensamento da preparação de um corpo-em-arte. É uma parte do reflexo conceitual e descritivo das pesquisas desenvolvidas pelo Lume que, no ano de 2005, completou vinte anos de criações poéticas de um corpo expressivo inserido em situação espetacular.
A ARTE DE NÃO INTERPRETAR COMO POESIA CORPÓREA DO ATOR
Renato Ferracini
2003 - Editora da Unicamp e FAPESP
Mostra uma proposta de formação de um ator não-interpretativo, com base nas experiências técnicas e metodológicas do Lume — Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp. As etapas desse processo de formação, além de descritas, foram registradas em áudio e vídeo em um CD-ROM interativo.
COMO AS ARTES DA CENA PODEM RESPONDER À PANDEMIA E AO CAOS POLÍTICO NO BRASIL?
Renato Ferracini, Ana Terra, Silvia Geraldi e Matteo Bonfitto (Orgs)
2021 - ABRACE
Diante do que não entendemos, muitas possibilidades se abrem. Pensando sobre a visão, podemos tentar adaptar o que acreditamos conhecer e fazer ajustes para, com isso, trazer alguma luz ao que não conseguimos enxergar. Considerando a audição, podemos tentar parar para escutar melhor a fim de ampliar o nosso horizonte aural e, quem sabe, reconhecer sonoridades até então não captadas. Independente dessas e de muitas outras possibilidades que podemos explorar, o deparar- se com o que não entendemos pode atuar como gerador de uma significativa expansão perceptiva, de mudanças de lógica, de modos de ser/estar no mundo. Em outras palavras, situações como essas podem ser oportunidades valiosas.
ARTES DA CENA E DIREITOS HUMANOS EM TEMPOS DE PANDEMIA E PÓS-PANDEMIA
Renato Ferracini, Ana Terra, Silvia Geraldi e Matteo Bonfitto (Orgs)
2022 - ABRACE
Artes da Cena e Direitos Humanos em Tempos de Pandemia e Pós-Pandemia foi o tema catalisador do XI Congresso da ABRACE, ocorrido de 13 a 18 de junho de 2021 na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, pela primeira vez, em formato totalmente virtual. Desdobramento das discussões iniciadas na X Reunião Científica, a temática proposta no âmbito dos dois encontros – reunião científica em 2019 e congresso em 2021 – teve sua gênese ligada ao propósito de indagar como a pesquisa em artes e, mais especificamente, em artes da cena vem se posicionando frente à crescente relativização dos direitos humanos em governos de extrema direita no Brasil e no mundo, afetando em especial os grupos minoritários. A intensificação do discurso de ódio e a fragilização das normas de tolerância mútua foram fatores, dentre outros, que ampliaram o preconceito e a violência, real e simbólica, contra a população negra, feminina, LGBTQIA+, indígena, trabalhadora, pobre, refugiada, pessoas com deficiência... (lista extensa, aqui não esgotada), sinalizando a urgência de se construir dispositivos democráticos, educativos e de resistência em/com/por meio da arte que ajudem a proteger e coibir propostas violadoras de direitos.
CORPO E(N)CENA: ENSAIOS URGENTES
Renato Ferracini, Jean Carlos Gonçalves, Sônia Machado de Azevedo (Orgs)
2022 - ABRACE
Esta obra é fruto do nosso anseio por oportunizar diálogos entre corpo e cena, com base em diferentes perspectivas de investigação. Obviamente não cabe neste livro uma discussão exaustiva, nem seria de nosso interesse abarcar o amplo e diversificado conjunto de potencialidades a serem exploradas a respeito do tema central. Estamos interessados em apresentar uma série de ensaios; ensaios urgentes, como anuncia o título. Só que a urgência, em um livro que começou a ser pensado antes da pandemia de Covid-19, teve de ser paradoxalmente reconfigurada. O que, antes, era “pra ontem”, hoje já parece não ter mais muito sentido; e algumas coisas às quais não estávamos muito atentos, passaram a ter uma importância e necessidade fundamental para a sobrevivência. É preciso sobreviver, queremos sobreviver..